Cannabis Medicinal em Adolescentes: O Que a Ciência Diz e Como Usar com Segurança

Nos últimos anos, a cannabis medicinal tem ganhado cada vez mais espaço nas discussões sobre tratamentos alternativos para diversas condições de saúde. Mas quando o assunto é o uso em adolescentes, muitas dúvidas e preocupações surgem — e com razão. Afinal, estamos falando de um público em fase de desenvolvimento físico, emocional e neurológico. Neste post, vamos abordar os principais pontos sobre o uso da cannabis medicinal em adolescentes: o que a ciência já sabe, quais são os riscos e benefícios, e como garantir um tratamento seguro e eficaz.

Dr. Fredyano Vidal

4/5/20252 min read

Quando a Cannabis Medicinal é Indicada para Adolescentes?

A cannabis medicinal pode ser indicada para adolescentes em casos específicos e geralmente quando outras abordagens terapêuticas não apresentaram resultados satisfatórios. Algumas das condições mais comuns incluem:

  • Epilepsia refratária (como a Síndrome de Dravet)

  • Transtornos do espectro autista (TEA)

  • Dor crônica

  • Espasticidade causada por paralisia cerebral

  • Ansiedade severa ou depressão resistente ao tratamento

É importante lembrar que cada caso deve ser avaliado individualmente, com acompanhamento médico e psicológico.

O Que a Ciência Diz?

Estudos ainda estão em andamento, mas algumas evidências já apontam benefícios significativos, especialmente no controle de crises convulsivas com o uso de canabidiol (CBD), um dos compostos da cannabis. O CBD não tem efeito psicoativo e é o principal canabinoide usado em tratamentos pediátricos.

Por outro lado, o tetrahidrocanabinol (THC), que é o composto responsável pelos efeitos psicoativos, pode representar riscos ao desenvolvimento neurológico se utilizado em excesso ou sem controle.

Riscos e Cuidados

Apesar do potencial terapêutico, o uso da cannabis em adolescentes exige cautela. Alguns riscos incluem:

  • Impacto no desenvolvimento cerebral, especialmente com o uso frequente de THC

  • Alterações de humor e cognição

  • Risco de dependência se usado sem acompanhamento adequado

Por isso, o tratamento deve ser sempre prescrito e acompanhado por profissionais da saúde, com doses controladas, produtos legalizados e acompanhamento multidisciplinar.

O Papel da Família e dos Profissionais

A decisão de iniciar um tratamento com cannabis medicinal em um adolescente deve envolver a família, médicos e, se possível, o próprio jovem. Transparência, informação e acompanhamento contínuo são fundamentais para o sucesso terapêutico e a segurança do paciente.

Conclusão

O uso da cannabis medicinal em adolescentes é um tema complexo, que deve ser tratado com responsabilidade e base científica. Quando bem indicado e monitorado, pode representar uma melhora significativa na qualidade de vida de jovens com condições crônicas e de difícil controle.

Antes de qualquer decisão, busque orientação de profissionais qualificados e certifique-se de que o tratamento está sendo feito com produtos regulamentados pela Anvisa.

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